12 de jun. de 2013

Pedro Cassiano comemora boa fase: sucesso em 'Malhação' e papai na vida real

Pedro  Cassiano (Foto: Divulgação)

Uma das principais revelações da atual fase de Malhação, que chega ao fim no início de agosto, Pedro Cassiano comemora a boa fase. Aos 25 anos, o ator, que interpreta o personal Sal na atual temporada de Malhação, entrou para o meio artístico como bailarino e já morou na Nova Zelândia por conta do trabalho em uma companhia.

A afinidade pela dança começou aos 12 anos, quando começou a fazer aulas de street dance. Aos 15, investiu no balé clássico e chegou a ganhar uma bolsa para passar dois anos na Nova Zelândia se aperfeiçoando.

Com uma lesão nas costas e de volta para o Brasil, Pedro fez parte da comissão de frente da escola de samba Portela e começou a fazer teatro aos 20 anos. Antes de interpretar um personagem de mau caráter em Malhação, ele atuou na novela Rebelde, em 2012, em que viveu o vilãozinho Binho.

Na vida real, Pedro está uma fase de descobertas: "Estou bobo e de bem com a vida por ser pai".

Pedro Cassiano (Foto: Divulgação)


QUEM: Seu personagem, o Sal, entrou no meio da atual temporada de Malhação e ganhou um super destaque. Como surgiu a chance de fazer este trabalho? Imaginava tanta repercussão?
PEDRO CASSIANO: Na verdade, assim que acabou meu contrato com a Record, a Globo me chamou para um teste. Já tinha feito uns dois ou três outros testes na Globo para outros produtos.Desta vez, deu certo e fiquei amarradão com a atual temporada de Malhação, que está na reta final.

QUEM: Você tem 25 anos. Na adolescência, curtia ver Malhação?
P.C.: Quando era novinho, há uns dez anos, eu curtia muito Malhação, assistia direto. Teve uma fase da minha vida em que eu queria muito participar.

QUEM: E quando decidiu ser ator?
P.C.: Eu devia ter quase 21 quando vi que queria ser ator. Antes, trabalhava com dança. Dancei dos 12 aos 20 anos. Dos 12 aos 15, fiz dança de rua. Dos 15 em diante, me dediquei à dança contemporânea e balé.

QUEM: Você nota que o Brasil ainda é resistente aos bailarinos? Existe preconceito por acharem que é um esporte mais feminino?
P.C.: No Brasil, há uma certa resistência. O preconceito diminuiu, mas ainda tempos barreiras a quebrar. A dança é muito antiga. Ela evolui ao longo dos anos. Cada vez mais, os bailarinos estão se desenvolvendo. A dança clássica vem desde a época da corte, da realeza. Alguns gêneros são tradicionalmente masculinos e começaram com os príncipes. Tem lugares que sabem apreciar bem essa arte clássica. No lado de incentivos financeiros, a dança é a prima pobre da família artística. Tem gente que reclama da falta de incentivo no teatro, mas é na dança que faltam incentivos e apoio do governo. No país, temos companhias boas. Muitos bailarinos são exportados. Quando eu comecei a dançar balé clássico, tinha menos meninos brasileiros dançando. Hoje, aumentou um pouco. Em Cuba, o bailarino clássico é como um jogador de futebol no Brasil.

Pedro Cassiano (Foto: Divulgação)


QUEM: Para você se desenvolver na dança, chegou a morar fora?
P.C.: Sim. Fui competir em Nova York em 2005 e cheguei à final. Lá, entre os jurados, tinham vários olheiros de outros países e recebi algumas bolsas. Acabei escolhendo a da Nova Zelândia. Um amigo meu também tinha conseguido a bolsa lá e achei bacana a chance de morar lá. Fiquei dois anos na Nova Zelândia, sendo que, dentro deste período, passei quatro meses na Austrália.

QUEM: Como foi a experiência de morar fora do país?
P.C.: Foi muito bom, maravilhoso, me acrescentou muito. Aprendi outro idioma, cultura, outra maneira de perceber a vida. Também senti saudade das pessoas no Brasil e tinha vontade de poder dividir as conquistas com a minha família, sem ter para quem contar.

QUEM: Enfrentou muitos perrengues?
P.C.: Na verdade, sou muito tranquilo. Penso que se estivesse no Brasil, também aconteceriam situações que não seriam fáceis de lidar. Cheguei lá sem falar o idioma, mas a coordenadora era inglesa e já tinha morado no Brasil, então sabia falar o português. No geral, as situações mais complicadas foram as que envolviam a comunicação, quando ela não acontecia tão facilmente. E também a saudade da família. Ao mesmo tempo, dava a sensação de coragem. Quando ficava doente, tinha que me virar. Não tinha remédio e comida da mãe. Tinha que me virar.

Entre amigos, Pedro Cassiano (ao centro) curte tarde na piscina e exibe corpão (Foto: Reprodução/Instagram)


QUEM: Em algum momento se incomodou por ficar sozinho?
P.C.: Todo o pessoal da companhia de dança morava no mesmo hostel, então essa sensação de solidão não veio, mas a saudade da família era inevitável.

QUEM: E como foi a volta para o Brasil?
P.C.: Ah, isso foi muito bom, viu? Na verdade, nesses dois anos, eu vim para o Brasil algumas vezes, nas férias da companhia. Na primeira vinda, foi tudo muito bom. Valorizei cada momento ao ver meus amigos e minha família porque sabia que dali a pouco não os teria mais por perto. Quando voltei para ficar definitivamente, estava me recuperando de uma lesão na coluna.

QUEM: Foi uma lesão grave?
P.C.: Hoje, penso que foi ótimo ter me machucado. Me machuquei e a recuperação seria aqui no Brasil. Nesse meio tempo, comecei a fazer teatro. No início, fiz mais por descontração, mas acabei gostando e levando a sério. Também fui da comissão de frente da Portela.

QUEM: Sério? Gostou dessa experiência no Carnaval?
P.C.: Nem tanto. Chego até a dizer que foi uma vez para nunca mais. Só se me pagarem muita grana.

QUEM: Parece até um trauma...
P.C.: O Carnaval é muito legal. Adoro a Portela. Na época, adorei. Mas ensaiei muito e, no dia, é muita tensão. Temos que obedecer, tudo tem muita regra. Claro que é a maior vibe, mas falando sinceramente é muito trabalho e uma grana pequena para a quantidade de ensaios. São todos os dias e você fica em função daquilo. Valeu a pena. Mas não dá para ter como fonte de renda. O Carnaval é feito por amor.

Com Lua Blanco nos tempos de 'Rebelde' (Foto: Divulgação)


QUEM: Você só passou a ser reconhecido com o trabalho em Rebelde. Como foi a chance de participar da novela?
P.C.: Fui escalado para Rebelde aos 23. Foi ótimo, maravilhoso. Eram muitos jovens, fiz muitos amigos. São pessoas que vou levar para sempre. Foi f..., foi demais. Foi lá que decidi investir na carreira definitivamente. Gosto de agarrar as oportunidades. Chego a ser até chato porque me cobro demais, mas fui muito bem aceito pelo público tanto em Rebelde, como em Malhação.

QUEM: Em algum momento, você pensou em algum trabalho que não fosse ligado ao meio artístico, caso a carreira não desse certo?
P.C.: Tenho um restaurante japonês na Tijuca [bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro]. O restaurante fica nas mãos dos meus pais. Especialmente nas do meu pai. Minha mãe é professora de matemática. Não preciso estar lá de corpo presente. Sou sócio. Às vezes, eles pedem a minha opinião. Estou presente de coração, o que eu posso fazer, eu faço. Meu pai está sempre por dentro de tudo. E eu, que também vou ser pai, acho bacana o investimento.

QUEM: E essa sua fase como papai?
P.C.: Estou feliz demais da conta. Estou babão, bobo e de bem com a vida por ser papai.

QUEM: A gravidez foi inesperada?
P.C.: Foi mega surpresa. Eu e a Thais, mãe da Laura, não estamos mais juntos, mas ela é minha melhor amiga e ex-namorada. A gente não se desgruda.

QUEM: O que você pretende fazer agora que vai ser papai e Malhação acabar?
P.C.: Adorei a experiência. Muitas vezes, nós, atores, saímos cenas pensando ‘nossa, podia ter feito diferente’. Às vezes, sou exigente demais comigo mesmo. Mas, de boa, nada em um contexto geral teria feito diferente. O balanço não poderia ter sido melhor. As pessoas foram muito legais. Os diretores foram muito legais. Eles têm muita paciência com a galera toda. O Sal foi um p... personagem. Como estamos na reta final, já estou sentindo até falta. Amei fazer o Sal. Ele passou por vários momentos e movimentou a trama. Por enquanto, não tenho nenhum trabalho fechado, mas alguns projetos. É bem possível que eu me dedique ao teatro no segundo semestre.

Fonte: Quem




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